Mafra | Lançamento do Livro “Discurso Directo” de Licínia Quitério [Imagens]

 

Com apresentação e análise literária de Adriano Alcântara, professor de português da Escola Secundária José Saramago, assistimos ontem, no Auditório D. Pedro V, à apresentação do novo livro de Licínia Quitério, “Discurso directo”.

Licínia foi o nome que minha Mãe me deu. Se eu tivesse nascido rapaz, o nome teria sido a gosto de meu Pai. Foi fácil entre eles o comércio de nomes. O escolhido é um nome quase esdrúxulo, com uma quase vogal que se repete. Quase fácil, quase audível, o meu nome. É um nome antigo, já serviu a uma imperatriz, quase mandante, pois reza a história que foi filha e consorte de senhores. Também se diz que é nome de oliveira ou do seu fruto de casta cordovesa. O nome preso a mim, eu presa a ele, caminhamos, quase certos de nunca nos deixarmos, quase. [excerto do texto lido por Licínia Quitério na apresentação do seu livro]

Apresentado o livro, “um livro feito para mulheres”, um livro de histórias do quotidiano com gente dentro, de poesia feita prosa ou de prosa a cheirar a poesia, este que é o 15.º livro saído da pena de Licínia Quitério viu depois alguns trechos “declamados” pela autora e comentados por quem assistiu a esta sessão.

Na plateia, menção especial para José Fanha, amigo da escritora, também ele escritor e divulgador de prosas e poesias, e, soubemo-lo ontem, quem proporcionou a motivação inicial que levou a escritora a empunhar a pena.

Beatriz Silva & Miguel Simões, a convite do professor Adriano Alcântara, musicaram e apresentaram “Jacarandá”, um texto da escritora.

A edição é da Poética Edições, representada na sessão por Virgínia do Carmo, a quem Licínia Quitério agradeceu toda a colaboração prestada na edição das suas obras.

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